As Vantagens de Ser Invisível – Stephen Chbosky

Lembram que eu falei no post Mr. Postman que havia comprado alguns livros e era para vocês ficarem preparados para mais resenhas? Eis que hoje estou fazendo mais uma delas. Dessa vez do livro As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky. Esse ano fizeram um filme baseado no livro, como protagonistas a Emma Watson e o Logan Lerman. Infelizmente não pude assistir pois o filme não passou no cinema aqui perto da minha casa :(

Autor: Stephen Chbosky

Editora: Rocco

Páginas: 223

Nota: 5 / 5 estrelas (❤)

Sinopse: Cartas mais íntimas que um diário, estranhamente únicas, hilárias e devastadoras - são apenas através delas que Charlie compartilha todo o seu mundinho com o leitor. Enveredando pelo universo dos primeiros encontros, dramas familiares, novos amigos, sexo, drogas e daquela música perfeita que nos faz sentir infinito, o roteirista Stephen Chbosky lança luz sobre o amadurecimento no ambiente da escola, um local por vezes opressor e sinônimo de ameaça. Uma leitura que deixa visível os problemas e crises próprios da juventude.

Um pouco antes de entrar no ensino médio, Charlie decide escrever cartas contando sobre sua vida à um estranho, que ele nunca conheceu. Essa foi a forma que ele conseguiu desabafar sobre sua vida, principalmente sobre o medo de entrar no primeiro ano, os problemas em casa e a recente morte de seu melhor amigo. Charlie descreve o seu dia-a-dia, e a sua experiência em tentar "participar" mais das atividades na escola. É quando ele conhece Patrick e Sam, veteranos que acabam virando muito amigos.

- Ele é invisível (...)
- Você vê as coisas. Você guarda silêncio sobre elas. E você compreende.

Ele acaba se apaixonando por Sam, porém ela não quer nada com ele por considerá-lo muito novo, já que ela era três anos mais velha que ele. Com esses novos amigos, ele é apresentado para uma outra realidade. Começa a ir em festas, teatros, beber e fumar.

- Charlie teve uma "charlice" por minha causa, Patrick
- Ele teve, é?
- Estou tentando não ter

Charlie é um menino totalmente ingênuo e sincero. Em certas horas eu o achava muito infantil, porém em outras ele ganhava uma maturidade. E não tem como você não se comparar ao Charlie, não se sentir como ele, porque tudo o que ele fala acredito que todo mundo já passou por isso, em certas partes pelo menos. Ele filosofia pela a vida, e o significado dela. E como é difícil se sentir enturmado, e como é ótimo quando você se encaixa num grupo onde as pessoas gostam de você pelo o que você realmente é. Eu achei um personagem incrível, principalmente por tudo o que ele passa durante o livro. Aliás ele vê tanta coisa diferente porém ele não julga ninguém, ele não aponta o dedo para ninguém. Ele compreende.

Algumas pessoas passam por coisas muito piores do que as minhas. É verdade.

Para mim a leitura demorou um pouco para engatar, mas depois fluiu muito bem, tão bem que terminei o livro em um dia. Quando eu terminei, fiquei meio perturbada com a história. Não sei explicar o sentimento que tive pelo o livro. Fiquei meio confusa. E isso fez com que eu lesse o livro outra vez, coisa que eu nunca fiz, acredito que seja para absorver mais coisas dele, e para compreender melhor certas partes. Só sei que acabei gostando muito do livro no final das contas, ele fala sobre temas que são complicados, mas de uma maneira tão sutil.

E me pergunto se alguém é realmente feliz. Espero que sejam. Realmente espero que sejam.

Uma cena que eu quero muito fazer foi a do carro, onde Sam ficam em pé na parte de trás da picape quando eles entram num túnel, com o vento em seu rosto e a música alta acompanhando o momento. Acho que você se sente livre nessa hora, deve ser uma delícia! E acabei de lembrar de uma frase no livro que explica exatamente o que senti ao lê-lo:

Eu me sinto infinito.

Eu amei o livro nem tanto pela a história em si, mas pelo o que ele faz você pensar e refletir, sobre a sua vida, sobre ser você mesmo. A mensagem dele é incrível. Ele faz você dar valor e apreciar as pequenas e simples coisas da vida, que as vezes com a correria do dia-a-dia, não damos valor, como aquela simples caminhada de casa até o colégio. Acho que todo mundo deveria ler, sinceramente acho que deveria ser uma leitura obrigatória na escola. É infinito!